(18/07/1989) 24 Horas - Operação Ampulheta
18/07/1989 24 Horas – Operação Ampulheta.
Tudo começou quando
todos estavam fazendo uma pequena celebração no Bar da Chizue em Kabuchiko
quando Gunwoo recebe a notícia – A operação de Tanaka tomou um rumo desastroso,
Eichi Tatsuke fugiu da prisão La Santé, o que acarretou numa fuga em massa da
prisão e é necessário que a Força Tarefa mande reforços. Coube a Shiro e McGyvver,
aliados ao agente Liaam Peeters, da equipe de Boucher oferecer essa ajuda e a
operação Ampulheta nasceu.
Quando Shiro chega
em Kobe, rapidamente se junta a McGyvver para o debriefing ministrado por Renan
Auclair, Dennis Leroy e Liaam Peeters.
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Renan Auclair, Dennis Leroy e Liaam Peeters |
O Debriefing:
Yori foi contido na prisão La Santé em Fevereiro e Março de
1989 e de lá trouxe a notícia de que Eichi Tatsuke está dominando a prisão La
Santé, não só os prisioneiros, mas guardas prisionais e até mesmo o diretor.
Tanaka estava buscando por uma oportunidade para pegá-lo
desde então. Eichi Tatsuke foi capturado na primeira missão dos operativos
Mari, Sanjuro e Charlotte. Tatsuke estava transformando as dezenas de
estudantes do prestigiado dojo Akikai em uma verdadeira gangue. Ele conseguiu
isso após ursurpar o dojo de seus legítimos senseis se casando com a neta do
Senhor Akikai e com seu carisma e influência sobrenaturais, que tornaram os
estudantes do venerável sensei em homens e mulheres fiéis a Tatsuke. Tatsuke então
começou a espalhar o terror em Quioto, principalmente rivalizando os Yakuza
Yamaguchi-gumi. Porém, Tatsuke era muito confiante em suas habilidades, o que
permitiu Mari, Sanjuro e Charlotte o desafiarem para um duelo. Mari lutou
representando o trio, fazendo-o fugir, mas acabou sendo nocauteado por Yunuen.
Após ele ter sido nocauteado, os estudantes ficaram
perplexos e confusos, e, depois de um discurso de Akikai Ichiro, neto do Senhor
Akikai, eles pareceram voltar a sí.
Tatsuke foi muito difícil de ser questionado pela força
tarefa, ele tinha um jeito de entrar na cabeça dos agentes, e facilmente evadia
as perguntas ou simplesmente se recusava a responder, ele não disse quem
forneceu a ele a droga que ele usava – a Stardust – e para quem ele trabalhava.
Não podendo mais contê-lo na base, e sob pressão devido às graves consequências
da missão em Osaka, a Força Tarefa se viu obrigada a despachá-lo para a prisão
La Santé.
Na prisão La Santé, Tanaka teve o reporte de Yori que
confirmou os reportes de seus contatos de que Tatsuke estava ganhando poder e
influência de dentro da prisão.
As coisas pioraram quando Tanaka perdeu inclusive seus
contatos na França, eles se recusam a se comunicarem de volta ou prestarem
relatório, uma evidência clara de que eles foram comprometidos e que Tatsuke
está próximo de fazer algo grande, provavelmente escapar e sabe-se o que ele
pode fazer a partir daí.
No dia 11/07/1989, para restaurar os contatos que ele possuía
na Prisão La Santé, Tanaka foi para a França preparado para tudo com toda sua
equipe – foi o maior contingente enviado para uma operação de alto-risco até
agora pela Força Tarefa Stargazer. Desta operação ele não retornou ainda.
No dia 18/07/1989 - Todos tem a má notícia de que de fato,
Eichi Tatsuke escapou da prisão La Santé, e o caos foi instaurado na capital
francesa, pois a fuga foi em massa.
Em uma decisão de última hora, Lacroix destacou Shiro e
McGyvver para reforçarem e ajudarem como puderem Tanaka e sua equipe no
controle de danos e no que for possível para reverter esta tragédia.
Informações importantes
Algumas informações de importância para a missão.
Poderes de Tatsuke e droga S-Delta.
Nunca de fato se coletou amostras puras da droga que Tatsuke
utilizava, mas por amostras de seu sangue, se concluiu que a droga que ele
utilizava era a S-Delta. Uma versão enfraquecida e diluída da droga virou febre
global e é conhecida como “Valkyr”.
A S-Delta é a mais viciante de todas, deixando o dependente
violento, eufórico e paranoico e mais resistente à dor. Surpreendentemente, em usuários psiquicamente
ativos ou psiquicamente dormentes, essa droga não tem os efeitos apresentados
pelas pessoas que não são psíquicas, no lugar, S-Delta acorda os poderes
psíquicos e os aprimora de maneira significativa, enquanto, ao mesmo tempo os
deixando apáticos e insensíveis, propensos a resoluções violentas.
Até onde se sabe, apenas Eichi Tatsuke – e seu fornecedor
misterioso – tem acesso a versão pura da S-Delta.
Os poderes de Eichi Tatsuke são alinhados à sugestão mental
e aparentemente basta que ele fale com certa entonação para que se faça efeito.
Ele aparentemente tem esses poderes sem esforço.
Porém não é a prova de falhas, há evidências de que, se ele
não estiver consciente, sua influência compulsória enfraquece ou se perde
completamente, e que quando um indivíduo que sofre sua influência compulsória
está inconsciente, esta influência também se dispersa.
Tatsuke parece saber disso, por isso usa seu charme natural
e manipulação para manter suas vítimas leais a ele, com promessas de poder e
ameaças.
Então, uma forma de tirar uma pessoa da compulsão de Tatsuke
é nocauteá-la, ou fazê-la dormir. Claro, ele ainda pode estar sobe influência
das promessas e ameaças dele.
Importância de Tatsuke
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Eichi Tatsuke |
Afinal, quais são as importâncias de Tatsuke para a Força
Tarefa?
Poder Psíquico Perigoso e
Difícil de Conter
Tatsuke é uma ameaça imediata por causa de suas habilidades psíquicas,
especialmente sua "Sugestão Mental", que lhe permite manipular e
controlar pessoas com facilidade. Ele pode influenciar não apenas criminosos,
mas também autoridades, guardas, e até mesmo os membros da Força-Tarefa. Isso o
torna extremamente difícil de prender ou interrogar de forma eficaz. Sua
habilidade de controlar prisioneiros e autoridades dentro da prisão La Santé é
um exemplo claro de como ele pode usar esses poderes para criar caos e expandir
seu controle e ninguém sabe que autoridades externas ele conseguiu influenciar.
Acesso à Droga S-Delta
Tatsuke é um dos poucos, se não o único, que tem acesso à
versão pura da droga S-Delta. Uma versão diluída foi distribuída mundialmente
sob o nome “Valkyr”, e esta versão inferior já consegue acordar e ampliar as
capacidades psíquicas de usuários psiquicamente inclinados e tornando-os mais
perigosos, enquanto afeta os não-psíquicos de maneira violenta e descontrolada.
A versão pura que Tatsuke tinha acesso pode ser muito mais perigosa e apenas
ele pode entregar mais informações sobre ela. Se Tatsuke continuar livre, ele
pode voltar a se tornar uma peça chave para o teste da droga S-Delta pura,
agravando ainda mais a violência e os distúrbios onde quer que ele vá.
- O
elo com o fornecedor misterioso: Tatsuke pode ter informações valiosas
sobre a fonte da S-Delta, todos suspeitam que Sra. Izanami seja a
fornecedora, mas não há provas disso.
Ligação com o Submundo do Crime
Graças a investigações anteriores da Força Tarefa, suspeitava-se
que Tatsuke era considerado um dos líderes do Exército da Vingança, devido à
sua influência no corpo. Porém, seu comportamento caótico e rebelde diminuiu
essa possibilidade, mas há fortes indícios de que ele possa conhecer aspectos
mais íntimos da organização e de seus generais, incluindo as verdadeiras
identidades de Vendetta e Sra. Izanami.
- Expansão
do Caos: Sua fuga da prisão desencadeia uma série de eventos
catastróficos, incluindo a libertação de prisioneiros violentos. Isso gera
uma atmosfera de caos que ele pode usar como cortina de fumaça para seus
planos maiores, possivelmente relacionados à dominação de mais territórios
e à expansão de sua influência em Paris e além.
Rivalidade Direta com a Força-Tarefa
Tatsuke representa uma rivalidade direta e pessoal com a
Força-Tarefa Stargazer. Sua habilidade de manipulação mental tornou-o quase
impossível de interrogar, criando uma frustração constante para os agentes,
particularmente Tanaka, que está tentando pegá-lo há meses. Além disso, o fato
de Tatsuke ter escapado após uma tentativa de captura bem-sucedida humilha a
Força-Tarefa, intensificando a urgência de recapturá-lo.
- Informações
Críticas Não Reveladas: Tatsuke ainda não revelou para quem trabalha
ou quem está por trás do fornecimento da S-Delta. Capturá-lo é crucial
para obter essas informações, e também para neutralizar um perigoso
adversário com ambições de expansão.
Conexões com a Star Corp
Embora ainda não esteja completamente claro, há indícios de
que Tatsuke possa estar envolvido de alguma forma com a Star Corp, seja através
da distribuição de S-Delta ou outros negócios ilícitos. A Star Corp é o
principal alvo da Força-Tarefa, e Tatsuke poderia ser um dos elos chave entre a
megacorporação e o submundo do crime. Descobrir seu envolvimento com a Star
Corp poderia fornecer pistas valiosas para desmantelar a organização. Há fortes
suspeitas e certas evidências que Tatsuke tinha acesso à Colorchem, e seu
depoimento pode ligar diretamente a droga S-Delta à subsidiaria da Star Corp.
6. Risco Global
Se não for contido, Tatsuke pode criar uma rede ainda mais
perigosa de criminosos e usuários de S-Delta. Além disso, sua capacidade de
controlar prisioneiros e autoridades mostra que ele tem o potencial de espalhar
o caos em várias regiões, não apenas em Paris. A fuga em massa da prisão La
Santé, que já causou grande destruição, poderia ser apenas o início de um plano
maior de desestabilização internacional.
Possível Infiltração de Organizações Governamentais
Já é uma realidade de que Tatsuke conseguiu exercer sua
influência na prisão La Santé, o que já é uma catástrofe, porém ele pode não
parar por aí, com seus poderes, ele pode estar manipulando ou infiltrando
organizações governamentais, como setores da INTERPOL ou até mesmo o governo
direto de Paris ou mesmo da França. Se ele continuar a ganhar influência, ele
pode desestabilizar governos e corporações, enfraquecendo as capacidades da
Força-Tarefa Stargazer de agir e responder.
Objetivos da Operação
Ampulheta (Aprimorados):
Objetivo Primário:
·
Capturar Eichi Tatsuke:
Tatsuke é
uma ameaça que precisa ser neutralizada o mais rápido possível. O tempo é
crucial para impedir que ele revele segredos vitais sobre a rede de contatos da
Força-Tarefa Stargazer e sobre suas operações em Paris. Sua captura também é
essencial para interromper a propagação da droga S-Delta.
Objetivo Secundário:
·
Coordenar com Operação "Sobre o Capô" (liderada por Tanaka):
A Operação Sobre o Capô tem como foco
restabelecer o contato com aliados presos em La Santé. A cooperação entre as
equipes é essencial para o sucesso da missão e para garantir a segurança dos
agentes e contatos da Força-Tarefa.
Objetivos Secundários:
·
Proteger a Equipe de Tanaka:
A extração
de Tanaka e seus agentes com vida é crucial. Sem eles, as chances de sucesso na
missão diminuem consideravelmente.
·
Proteger os Operativos Aliados:
Extrair os
contatos e operativos vitais de La Santé antes que as bombas sejam detonadas.
Embora os detentos perigosos soltos representem uma ameaça, eles não são a
prioridade máxima.
·
Reduzir os danos em Paris:
Mitigar os
distúrbios causados pela fuga em massa de detentos é importante, mas o foco
primário deve ser Tatsuke e os reféns da Força-Tarefa.
·
Capturar Ikigawa Iori e Takeo Takeyo (Se Possível):
Se os operativos
encontrarem esses dois detentos perigosos durante a missão, capturá-los é um
bônus. No entanto, desviar-se do objetivo principal para encontrá-los pode
comprometer a missão.
·
Evitar a Detonação das Bombas de Carlos "El Jackal":
Impedir que
Carlos El Jackal detone as bombas ao redor da prisão é crítico para salvar a
vida dos reféns e agentes.
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Ilich Ramirez Sanchez "El Chacal" |
Tempo de Missão: 24 horas a
partir da chegada.
Que fique claro – O plano de Eichi Tatsuke já está em
movimento, é apenas uma questão de tempo para que ele consiga fugir. Por este
motivo, um tempo razoável de 24 horas foi estipulado para a conclusão desta
missão. É razoável se assumir que após este tempo e Tatsuke não for localizado,
deve-se considerar que ele conseguiu fugir ah não ser que os investigadores
possuam fortes razões do contrário.
Lacroix usa seus contatos com a guarda de Outubro para
que os investigadores conseguirem usar a rota aérea soviética, que é mais
rápida, com uma escala em Moscou. Porém, a viagem demorará 15 horas. Fazendo
eles perderem 16 horas das 24 horas. Eles terão apenas uma noite.
A Viagem até Paris
Shiro, McGyver e
Liaam não perdem tempo e partem direto para Tóquio. No quartel da equipe, Denis
e Renan desejam boa sorte, enquanto Mari, Charlotte e Reyna vão até a saída
para se despedirem pessoalmente. Yunuen, sempre rebelde, manda um aceno de
longe, finalizando com uma piscadela.
No Armorial,
os três agentes verificam seus equipamentos. Shiro ajusta o colete à prova de
balas sobre a roupa tática, confere o peso da espada Kiba na bainha e
inspeciona rapidamente seu estoque de tranquilizantes e bombas ninja. Liaam faz
o mesmo com o colete, prende a pistola H&K P7 no coldre e carrega o
fuzil Howa Type 89, garantindo que a munição esteja devidamente
preparada.
McGyver, por sua
vez, opta por algo mais... improvisado. Além do colete e da H&K P7,
enche os bolsos com uma seleção curiosa de ferramentas de cozinha e escritório
— ninguém pergunta, mas todos sabem que ele vai encontrar um uso inesperado
para elas.
Prontos para a
missão, os três seguem para a estação do Shinkansen, embarcando em
vagões diferentes para evitar atenção indesejada, mas mantendo contato discreto
via pagers. A viagem até Tóquio transcorre sem incidentes, o trem
cortando o país como uma lâmina, veloz e silencioso.
Ao chegarem na
capital, dirigem-se diretamente ao hangar da STARGAZER. Lá, encontram o
avião já preparado para a decolagem, cortesia da equipe improvisada reunida por
Amélie Boucher.
A ex-comissária de
bordo Marie Ichikawa, mesmo sem ser piloto de combate, garantiu que tudo
estivesse pronto no cockpit. Eloïse Garnier, corredora e mecânica, fez
ajustes na aeronave com a precisão de um pit stop de corrida. Já Ryan Goveia, o faz-tudo da equipe, cuidou do restante — desde reabastecimento
até a papelada necessária para um voo discreto.
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Marie Ichikawa, Elöíse Garnier e Ryan Goveia |
“Fizemos o possível
na ausência dos verdadeiros profissionais,” admite Eloïse, limpando a graxa das
mãos. “Mas tá tudo pronto.”
Ryan apenas
assente, um leve sorriso de orgulho no rosto.
“Estamos todos prontos?” Marie fala com um sorriso praticado de comissária, antes de subir a bordo com eles. Desta vez, além de preparar o voo, ela
vai junto como copiloto.
Com tudo pronto, os
motores rugem, e o avião corta a noite, com destino a Moscou.
O voo seguia
tranquilo. No interior da aeronave, Shiro e McGyver revisavam os detalhes da
missão com calma e concentração. Marie Ichikawa e Liaam Peeters, por sua vez,
conversavam sobre os protocolos diplomáticos ao lidarem com os russos,
alinhando tudo com Lacroix por meio do comunicador. No mesmo canal, Amélie
Boucher enviou uma última mensagem antes do silêncio operacional: “Boa sorte.”
Pouco antes de
cruzarem o espaço aéreo soviético, os pagers da equipe começaram a vibrar. A
mensagem era de Mamoru:
“Desdobramentos. Chequem o chat LAN.”
No canal fechado,
Mamoru transmitia a gravidade da situação: Tanaka confirmara uma fuga em
massa da prisão La Santé, acompanhada de explosões. Informou ainda que seus
contatos estavam sendo mantidos como reféns, e que o perímetro já estava
cercado por forças policiais. Dizia estar procurando rotas alternativas de
entrada na prisão e solicitava apoio logístico.
Mari reagiu com
preocupação:
“Aí meu Deus, diz pro Tanaka que eu tô torcendo por ele.”
Mamoru respondeu com secura:
“Tá, tá, mas não fiquem ocupando banda.”
Nesse momento, o
avião cruzou a fronteira soviética e foi interceptado por um caça MiG-23. A
aeronave soviética exigiu identificação. Liaam, fluente em alemão, respondeu
com precisão e calma, seguindo os protocolos estabelecidos.
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Poucos minutos depois, nova notificação surgiu nos pagers:
“Desdobramentos.”
No chat LAN, Mamoru
compartilhou outra atualização: a equipe de Tanaka havia sido emboscada por
mercenários. O agente Geffords foi gravemente ferido ao proteger Faith,
enquanto Tanaka e Schumacher também foram atingidos, mas conseguiram
neutralizar os atacantes. A tensão no canal cresceu.
Charlotte
questionou:
“Por que estavam mirando especificamente nas mulheres?”
Mamoru respondeu, frustrado:
“Ainda não sabemos.”
Mari, preocupada,
perguntou a origem dos mercenários.
Mamoru prometeu atualizar assim que tivesse mais informações.
Boucher sugeriu consultar Gyrio Gunwoo para apoio médico imediato.
Mari desejou sorte mais uma vez, mas Mamoru insistiu:
“Poupem a banda.”
Enquanto isso, a
tripulação revia os protocolos de pouso em Moscou. Liaam deixou claro:
— “Não devemos hostilizar os agentes russos, mas tampouco deixá-los nos
atrasar. Se insistirem, digam para ligarem para o número de Rostov do Don... e
peçam para falar com o 'Velho Cavalo de Guerra'.”
Já próximos ao
destino, uma última mensagem de Mamoru atravessou o sistema:
Agente Geffords
não resistiu aos ferimentos.
Schumacher, Faith e Tanaka, felizmente, sofreram apenas ferimentos moderados.
Os mercenários capturados revelaram ser franceses e argelinos, alguns
com passagens pela Legião Estrangeira, terroristas hutus, membros
da GIA (Grupo Islâmico Armado) e até resquícios da OAS.
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Ryan Geffords, Laura Faith e Tifanny Schumacher |
Já haviam recebido
pagamento adiantado. Mas não sabiam a identidade exata do contratante.
Sugeriram que talvez fosse a DSGE.
As ordens eram claras:
- Executar Tanaka e todas as mulheres da
equipe.
- Se possível, eliminar todos os demais.
No chat, a reação
foi imediata:
Mari enviou um emoji improvisado de mãos em prece usando traves e pauzinhos.
Yunuen digitou:
“Filhos da Puta.”
Boucher respondeu com frieza:
“Entendido.”
O contato de
Boucher de pouso clandestino em um clube aéreo de Paris funcionou, do contrário
eles teriam que pousar no Aeroporto Charles De Gaulle e enrolar sua entrada no
país com as identificações falsas provida por Mamoru.
Mas ao entrarem em
território Francês, Mamoru dá mais desdobramentos, ele informa que Tanaka
confirmou a entrada alternativa e disse ser viável seu uso. Também informou que
não é aconselhável a entrada na prisão pela entrada principal, pois está
bloqueada pela GIGN e possivelmente é vigiada pelo operador das bombas,
suspeito de ser Ilich Ramiréz Sanchez - El Chacal. Tanaka
disse que conseguiu contatar o comandante da operação da GIGN – Yves Archambeau
que permitiu ele e sua equipe tentarem resolver a situação, mas avisou que eles
possuem pouco tempo, pois seu chefe pressiona por ação da GIGN.
A pista de pouso do
Clube Aéreo é curta, desenhada para aviões de hélice pequenos, a torre de
controle os contata. “Bem vindos ao aeródromo do clube aéreo Yves de Laurant, vocês
têm permissão para pousar.... Medeina está aí?” No qual Marie, assumindo que
Medeina seja Boucher responde com a confiança treinada de comissária – “Não
senhor, a bordo só nós quatro, me chamo Marie Ichikawa e ficarei para trás
enquanto meus associados conduzem seus afazeres, confio que eu e o avião estarão
em boas mãos com o senhor.” No qual o homem misterioso sorri encantado com a
vóz de Marie. “Sim, sim, é claro, Mon petit trésor! Seu francês é soa cristalino
de sua doce voz! Ah, e por favor, avisem a mina querida Medeina quando puderem que o Mangusto Furioso não
se esqueceu que ela ainda o deve um carro esportivo.”
Ichikawa solta um
risinho encantador e responde: “Passarei seu recado... Monsenhor Mangusto”.
Apesar da pista
pequena, Liaam é um ótimo piloto e consegue fazer o pouso sem muito esforço.
No chão, são bem
tratados pelos funcionários do clube e recebido por Gaston de Laurant, o
“Mangusto Furioso”, um homem na casa dos idos dos 30, com uma aparência
cafajeste de turco. Com grandes óculos escuros, cabelo penteada a gel,
chamativo terno de grife e relógio de ouro. Ele fala com um taxista de sua
confiança e instrui a ele a levarem os agentes para onde eles quiserem, dando a
ele um generoso maço de dinheiro. “Lembre-se, meu querido Alfonse” Mangusto
Feroz fala com o taxista. “Tudo que os inimigos deles fizerem contra você, eu
posso fazer pior. Portanto, nada de ideias bobas.” Ele fala com um sorriso
despreocupado e amigável. “Não senhor, sou todo seu, você sabe disso.” Responde
o taxista feliz com o bolo de dinheiro. Marie ficará para trás para preparar o
avião para voo de retorno. E o restante entra no taxi, Marie e Mangusto os observam partir.
Paris, Arrondissement de l'Observatoire — Setor Norte
Entardecer tingido de chumbo e medo.
O velho Citroën conduzido por Alfonse freia com cuidado próximo de uma barricada policial improvisada. Luzes azuis varrem o céu. O rádio chia com transmissões truncadas:“Fugitivos
confirmados em Montparnasse... escaramuças na Rue Saint-Jacques... necessidade
de reforço em Denfert-Rochereau...”
Alfonse se vira:
— Mais perto que
isso, messieurs, só voando. O resto... é zona de guerra.
Eles descem em
silêncio. As portas se fecham com o peso de uma missão.
Shiro ajusta a Kiba nas costas. Liaam verifica o fuzil Type 89. McGyver esconde
uma faca de cozinha entre a jaqueta e um clips dobrado no bolso. Equipamento
tático completo, olhos frios.
A rua está deserta
— as vitrines das padarias e papelarias fechadas com pressa, toldos rasgados,
lixo voando com o vento.
O norte de l'Observatoire, um bairro conhecido por seus cafés cultos e
livrarias, agora se transforma em uma cidade-fantasma tomada pelo medo.
O silêncio é
rasgado.
— Aaaah! —
um grito feminino, seco, quase engasgado.
— Por favor, senhor, temos uma filha! — implora uma voz masculina,
frágil como papel úmido.
Shiro sinaliza com
dois dedos. A equipe segue pelos flancos, passos rápidos. Em uma esquina
estreita, veem a cena: uma boutique ainda acesa, um homem de capote bloqueando
a entrada. Por baixo do tecido, as inconfundíveis listras cinza e brancas da
prisão de La Santé.
O vigia os vê em movimentação determinada, e alerta os colegas de dentro.
Os quatro criminosos saem da loja arrastando um senhor e uma
garota. Todos armados — não com armas de fogo, mas com brutalidade de rua: uma
faca de cozinha, um pedaço de madeira pesado, um abridor de cartas como
estilete, e uma corda enrolada no punho como uma soqueira improvisada.
— Soltem eles e
terão chance de correr vivos — diz Liaam em francês, olhos fixos.
Os criminosos regem
com violência, o primeiro golpe vem seco — o do pedaço de pau — e quase acerta
o ombro de McGyver. A luta irrompe como uma tempestade.
O chão vira ringue.
Shiro derruba o
homem da faca com uma rasteira e um soco na traqueia. Liaam segura a corda de
um dos agressores com o cano da arma e o joga contra a parede. McGyver segura o
braço do homem do abridor e, com um movimento rápido, o faz bater a cabeça no
batente da porta.
A garota resiste
bravamente. Joga jarros, acerta um com um pallet solto no chão, grita por
ajuda. Mesmo ferida, ela luta como quem se recusa a ser esquecida.
No fim, quatro
criminosos inconscientes, tossindo, arranhados, rendidos. Um deles, com o nariz
sangrando e o olhar perdido, fala:
— Ok! Vocês me
pegaram! Me rendo!
McGyver com sotaque
americano pergunta em francês sobre a prisão e Tatsuke. O criminoso ri. — Vocês...
chegaram tarde. Tatsuke já saiu. Ele começou o motim. Vocês acham mesmo que ele
ficou lá?
Shiro se aproxima e
com o sotaque japonês carregado pergunta:
— Quem mais?
— Alguns não
saíram. Não são do grupo do Tatsuke. Cor Van Holt, Holleeder... Os que pegaram
o Heineken. Tão atiçando a prisão para bolar a própria fuga.
Payet? Ele vai fugir de novo, claro. Tá esperando um helicóptero que só existe
na cabeça dele.
E tem aquele japonês... o canibal. O... Sagawa.
O nome paira no ar
como um sopro de necrose.
McGyver respira
fundo. Shiro limpa o sangue da mão com um lenço. Liaam prende os pulsos dos
homens com fita plástica.
— Fechem essa loja.
Barriquem as portas. Não abram por nada — diz Liaam pai e filha, com firmeza.
O senhor da loja
assente, tremendo, e leva a filha para dentro.
A porta se fecha
atrás deles. O letreiro da loja pisca uma última vez antes de apagar.
A noite cai sobre
Paris.
E os predadores de La Santé ainda estão soltos.
Paris, proximidades
da Prisão La Santé — Entardecer encoberto.
Seguindo pelas ruas
secundárias do norte do arrondissement de l'Observatoire, o trio avança com
cautela. O cenário é de abandono: vitrines quebradas, sirenes ao longe, e o ar
pesado de uma cidade à beira do colapso.
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Yves Archembeau |
No caminho, Shiro recorda o conselho de Tanaka — entrar em contato com o comandante Yves Archembeau, da GIGN. Ele pergunta se o walkie talkie pode captar o canal de operações. McGyver coça o queixo, mas é Liaam quem responde com um breve aceno de cabeça:
— Dá pra fazer... temos
uma série de possíveis códigos da frequência.
McGyver gira os
botões do rádio com dedos firmes. Um chiado. Vozes. Conseguiu. Mas Archembeau
está no meio de uma conversa com seu superior. Os agentes decidem aguardar o
momento certo.
Quando chegam à rua
lateral da prisão, a realidade é pior do que imaginavam.
A rua está tomada
por veículos abandonados, muitos colididos, como se o tempo tivesse parado no
meio de uma evacuação desesperada. O portão de ferro na muralha lateral da
prisão, claramente uma adição recente, não consta nos mapas de Mamoru — um
lembrete de que nada é confiável aqui.
À frente, luzes
giratórias azuis tremeluzem no horizonte. Furgões blindados da GIGN bloqueiam a
entrada principal da prisão. Mais ao longe, em um dos prédios que encaram a
penitenciária, os investigadores supõem que El Chacal pode estar observando.
Uma sombra invisível, pronta para apertar um detonador.
Do outro lado da
rua, o letreiro gasto do Café Toussant balança com o vento. É ali que está a
entrada clandestina — o túnel usado pela equipe de Tanaka.
De volta ao rádio,
McGyver intercepta uma nova transmissão: o comandante Archembeau recebe ordens
do superintendente Jean de la Cour para iniciar a invasão da prisão em vinte
minutos. A ordem vem carregada de ignorância ou descaso — todos sabem que El Chacal
pode explodir tudo se a GIGN agir precipitadamente.
Antes de avançarem,
Shiro nota algo estranho: um carro mal estacionado entre os destroços. No banco
da frente, um homem observa a prisão com atenção; ao lado dele, uma mulher
mastiga algo, trocando palavras baixas; no banco de trás, um homem mais jovem, musculoso,
vigia como um cão de guarda. Os três não parecem civis.
Shiro decide que é
hora de contatar Archembeau. Quando finalmente consegue uma linha limpa, ouve o
final da conversa com De la Cour — ordens de prender Shinji Tanaka sob acusação
de insubordinação.
Mesmo assim, Shiro
se identifica.
— Meu nome é Shiro
Okabe. Sou aliado de Tanaka. Viemos para resolver a situação por dentro — sem
vítimas, sem explosões.
Houve silêncio.
Então, a resposta:
— Trinta minutos.
Depois disso, serei obrigado a entrar com toda a força. Há reféns lá dentro —
três, em particular, devem ser salvos a qualquer custo:
Lucien Clouvière,
deputado e líder do Comitê de Saúde Pública.
Georges Fourelle,
secretário-geral do Ministério do Interior.
Arnaud Charbonne,
ministro da Indústria e Comércio.
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Lucien Clouvière - Georges Fourelle - Arnaud Charbonne |
Se eles morrerem...
acabou.
Shiro aproveita
para informar sobre o trio suspeito. Archembeau responde, tenso:
— Aquela área devia
estar evacuada. Não tenho homens lá. Se puderem... lidem com eles.
Com isso, os
agentes seguem para o Café Toussant. Mas percebem que passar despercebidos pelo
carro do trio será impossível — e tentar contorná-los tomaria tempo demais.
Decidem arriscar.
Shiro e Liaam se
aproximam como cidadãos preocupados, tentando convencer o grupo a sair da área.
Mas antes que possam terminar a frase, armas são puxadas, frias e precisas. Liaam
recua rápido apontando o fuzil, Shiro também ameaça sacar sua espada, McGyver
com no meio dos dois grupos, com as mãos abertas. O impasse se forma.
— Vocês não são
civis — diz a mulher morena, apontando para eles uma pistola beretta.
— Nem vocês —
responde McGyver, com um sorrisinho sarcástico.
Após alguns
segundos tensos de negociação por uma saída do impasse e questionamento dos
agentes, a situação se dissipa quando os investigadores mencionam a INTERPOL e
Charles Lacroix.
— Esperem,
superintendente Lacroix? — O espião de cabelos encaracolados fala, baixando sua
arma.
Shiro confirma.
— Então vocês estão
junto com Tanaka? O jovem musculoso pergunta, ainda apontando sua escopeta.
— Amélie Boucher
trabalha para Lacroix agora? — A espião franco argelina pergunta.
Liaam arrisca, e
confirma com um aceno, sem tirar o dedo do gatilho.
A revelação abala
os três.
— Prova — exige a
mulher. — De que Boucher ainda luta do lado certo. De que ela não foi...
comprada.
Shiro começa a falar
dos feitos de Boucher na STARGAZER, a luta contra os Yakuza, o salvamento de
uma criança, o sacrifício dela para evitar que terroristas entrassem no Palácio
Imperial. Liaam segue falando como ela lutou contra os Madalone da Camorra, e
como ela contribuiu para revelar ao mundo o escândalo das vacinas contaminadas da
Bayer e do escândalo de corrupção do Banco Ambrosiano.
Silêncio. Troca de olhares. Então, a mulher
suspira.
— Ela ainda tem
aquele olhar teimoso? Que acha que pode salvar o mundo na unha?
— E o mesmo temperamento
explosivo — responde Liaam.
A tensão quebra. A
mulher se apresenta: Eliza Benchetrit, agente da DSGE. O homem ao lado, de
olhos afiados, cabelos encaracolados e rosto limpo, é Tomas Toussant. O mais
jovem, de cabelo raspado no estilo militar, forte e curioso, é Hugo Merlot, um
novato leal a ambos.
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Eliza Benchetrit, Tomás Toussant e Hugo Merlot |
— Vocês têm caminho
livre. Mas fiquem atentos — diz Eliza. — Nosso superior, Domenique Leclerc, está
trabalhando com a INTERPOL francesa, e as ordens dele são para eliminar vocês.
Se vocês forem vistos... eles não hesitarão.
— Estamos ficando
sem aliados — comenta McGyver.
— Então tratem de
valorizar os poucos que restam — diz Tomas, acendendo um cigarro com um
isqueiro de prata.
Antes de partirem,
Eliza oferece algo a mais:
— Podemos ajudar
mais, mas não aqui onde podemos ser avistados, se precisarem de nossa ajuda,
procurem o Hotel Jardin Parisien, na fronteira da cidade. E avisem Boucher...
que ela ainda nos deve respostas, não se abandona os colegas do jeito que ela
nos abandonou, foi baixo até para nossos padrões.
O trio entra no
carro e parte.
Os investigadores
respiram fundo e finalmente se dirigem ao Café Toussant.
O túnel os aguarda.
E o inferno de La
Santé está prestes a revelar seus segredos.
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