Saindo com uma Explosão, parte 2

 

26/02/1989 (Um Domingo) A viagem de ônibus até Mosta’li teve poucos eventos, Peshavan vestido de camponês se comportava de forma cordial e normal como mais um passageiro de ônibus faria, ele parecia até confortável no ônibus e viajava sozinho. Primeiro eles chegaram em Jalalabad e lá lancharam, Peshavan lanchou sozinho e quando o motorista chamou os passageiros para reiniciar a viagem ele voltou ao ônibus, assim os investigadores e Lady’a também fizeram.

No restante da viagem até Mosta’li houve apenas um contratempo onde bodes assustados provocaram um pequeno deslize de pedras na estrada e os pastores estavam tirando as pedras de lá. O motorista de ônibus saiu para saber do que se tratava, quando se certificou de que era apenas o que parecia, ele se pôs a ajudar com as pedras. Peshavan recrutou alguns passageiros para ajudarem também, sendo Tyron e Shiro alguns deles.

Resolvido o assunto o ônibus prosseguiu para Mosta’li. No ônibus, Lady’a soube de um dos passageiros (um professor chamado Ahri) que Mosta’li estava bem perigosa e recomendou que ele e seus amigos não saíssem da zona de controle russa.

Mesquita de Mosta'li

 

Chegando em Mosta’li, o ônibus parou aos portões da zona de controle, que ficava no centro da cidade. Lá, dois soldados russos entraram no ônibus e começaram a checar todos os passageiros e seus pertences (e roubar algumas coisas de valor). Peshavan deixou-se revistar tranquilamente, tendo sido apenas subtraído de sua cigarrilha de prata.

Mas o grupo tinha consigo uma valise com armas que estava com Lady’a

Rapidamente, Lady’a pensou no melhor que pode, pos seu emblema com identificação da guarda de outubro na valise e torceu pelo melhor. Enquanto isso, Tyron, Mari e Victor receberam umas pancadas dos soldados por não cooperarem.

Quando chegou a vez de Lady’a, o truque dele não funcionou, e os soldados o removeram sob suspeita de ser um insurgente.

Lady’a foi levado as coronhada e pontapés até a guarita onde o primeiro tenente Rudin o acusou de insurgente, ele tentou explicar que era membro da guarda de outubro em missão delicada que ele estava pondo em risco, mas ele não acreditou.

Logo depois os soldados perguntaram ao motorista se Lady’a veio sozinho e ele dedurou os demais. Os soldados levaram todos os outros aos trancos para o escritório de Rudin, onde ele fez a chacota “São membros da guarda de Outubro também?”

Lady’a tentou explicar que eles eram agentes da Interpol e que ele deveria falar com algum soldado reformado do batalhão de Turgenev ou com o próprio Coronel Brekhov, mas Rudin não estava mais interessado em ouvir “insurgentes ou espiões capitalistas” e mandou eles para a prisão. Eles foram espoliados de seus pertences e levados de jipe até a prisão da delegacia de polícia, onde aguardariam para serem punidos após investigações.

 

A prisão da delegacia era pequena, subterrânea e em “L” com seis selas ocupadas por Mujahedins, o grupo foi dividido ao meio (3 na cela da frente e 2 na última cela) de forma que não pudessem ver um ao outro. Mari, Lady’a e Shiro foram presos na primeira cela, onde Mari ficou sendo abordada verbalmente pelos Mujahedins presos lá, Mari comentou de que não é nada bom mulher preso junto com homem,  Anzo disse que não e Shiro a confortou dizendo que iriam sair de lá. então ela se pôs a rezar para isso, e Shiro a acompanhou. Lady’a sentia suas dores de cabeça aumentando, pois se esqueceu de tomar seus medicamentos. A última cela ficaram Tyron e Victor, haviam com eles outros 2 Mujahedin, um deles, chamado Magrib, confundiu Tyron com um agente da CIA e reclamou de que a resistência precisa de mais mísseis Stingers. Tyron tirou a confusão, então ele ficou curioso com Victor que começou a ficar com os olhos marejados, Magrib rezou por uma morte rápida a Victor.

Horas se passam, quando Rudin vem pálido e nervoso a prisão acompanhado de Yunuen, que está vestida como guerrilheira do deserto, exigindo que todos falem em inglês e xingando todos, o estranho é que os russos e os soldados afegãos (aliados dos russos) a obedecem.

Rudin solta pessoalmente os investigadores e se desculpa pela confusão. Mas Yunuen está enfurecida, principalmente com Mari, dando dois socos “de moral” nela enquanto fala: “Mas que merda você nos meteu, hein?”

O humor dos investigadores com a agente só piora quando Yunuen decide xingar ainda mais a performance de Mari como líder, dizendo que ela é muito relaxada, não leva nada a sério e que sabia que ela seria problema, neste momento Tyron e Victor pedem para ela ir com mais calma, e ela manda os dois calarem a boca, Victor acata, mas Tyron retruca o que faz Yunuen ficar ainda mais furiosa e manda um dos soldados calar Tyron por ela (ele dá uma coronhada de leve no braço do agente, quase um carinho).

Lady’a começa a sentir enxaquecas enquanto Yunuen tenta explicar o plano e Tyron a interrompe perguntando sobre a saúde do colega, provocando mais um momento de fúria de Yunuen, Mari e Lady’a, tentam acalmá-la, mas ela manda Mari calar a boca e dá um soco moral em Lady’a porque ele insiste em se justificar.

Quando todos estão em silêncio ela fala o plano.

Victor receberá uma nova identidade, a de filho do embaixador Inglês em Cabul que resolveu se juntar a Al-Qaeda e fugir do pai. Para isso ele chamou seus amigos e contratou mercenários e trouxe consigo armamento para ele poder lutar contra os Russos e os infiéis de imediato. Seu pai mandou solta-lo e ele convenceu os russos a soltar os colegas também, mas perdeu as armas. Seu pai não mandou escolta para ele então ele decidiu seguir o plano de se juntar na esperança dele e seus colegas serem aceitos. Ele deve usar esta nova identidade para poder justificar a quem quer que o perguntem como saíram de lá e o que faziam armados. Depois, Yunuen disse que eles saíriam de lá com roupas de afegãos e encapuzados, seriam colocados em um transporte blindado e este veículo ficaria em movimento, sem eles poderem sair, até ela descobrir mais sobre onde será o recrutamento e maiores detalhes sobre o paradeiro de Peshavan.

No veículo blindado, os investigadores conversam muito sobre o que deu errado e como agir a partir daí. Também falam sobre a atitude furiosa de Yunuen.

Mas finalmente o telefone do BMP-1 toca, era Yunuen com instruções. Eles seriam levadas para as proximidades do local em que eles precisam estar. O blindado anda furtivo por trás das colinas para não ser visto, sendo escoltado pela própria Yunuen, que está de moto à frente.

O blindado para e eles descem, a própria Yunuen os recebe, parecendo agora bem mais calma ela explica:

 Peshavan está localizado em uma antiga fortificação medieval chamada de “Ribat”, ao sul de Mosta’li e é lá que ocorrerá uma espécie de evento de recrutamento. Yunuen não sabe quais são os critérios ou as formas de que esse evento de recrutamento foi divulgado, mas foi tal que vários estrangeiros estão presentes, a maioria são paquistaneses, mas há ocidentais também. Yunuen sugere que descubram conversando com outras pessoas no evento sobre como o descobriu e inventando algo a partir daí. Ela diz que ao mínimo sinal de perigo ou suspeita, eles devem fugir. Ela também os lembra que Peshavan provavelmente os reconhecerá e se ele não o fizer é porque ele está fingindo, isso é suspeito, fujam.

Ela os conforta dizendo que é um evento muito exclusivo e que quem está lá é porque deveria, sendo assim, pelo menos os guardas do evento não vão estranhar a presença dos investigadores. Se eles parecerem curiosos demais ou vigiando muito eles, é suspeito, fujam.

No mais, ela meio que se desculpa por mais cedo dizendo que se achasse que eles não conseguiriam dar conta, ela já teria cancelado a missão e que confia no desempenho deles. Diz que vai dar apoio remoto e não poderá fazer muito mais que isso.

Com isso, os investigadores escalam a colina que separava eles do “ribat” e quando chegam ao topo veem na escuridão a ruina do castelo medieval a quilômetros de lá, iluminado por holofotes e com uma música pop regional tocando de leve enquanto algumas pessoas entram vestidas para uma festa. 

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