Morte Branca em Tarragona

Em uma mansão nos campos da cidade de Tarragona, um senhor convalesce numa cama. Seu rosto aparelhado por travas metálicas que sustentam seus ossos faciais no lugar. Apesar disso, o homem é obviamente forte e bem constituído, apesar da idade e lastimável situação.  

Até pouco tempo este homem estava dormindo tranquilamente quando foi acordado com o que parecia ser um barulho de uma lâmina atravessando carne humana vinda detrás da porta de seu quarto, som que ele como esgrimista está bem familiarizado. O ferimento foi fatal, como ele pode assertir pelo gorgolejar de seu guarda morrendo afogado no seu próprio sangue atrás da porta. Será que seu dia chegou? Será que banimento não foi punição suficiente para seu fracasso no dia da exibição? Será mesmo seu ex-professor tão rancoroso?  

No entanto, a porta sendo aberta não revela quem o senhor esperava, quem aparece na realidade é um homem aparamentado em traje de camuflagem e portando um rifle equipado com uma sangrenta baioneta, ele usava uma balaclava, mas logo a tira revelando um velho rosto terrivelmente deformado. O homem deformado então fala:


- Señor Tarragona, vim aqui apenas de passagem em busca dos rastros de minha marca, mas vejo que o senhor não tem como me dá-las agora devido a sua condição, mas não gosto de perder tempo e por isso lhe farei uma proposta para capitalizar qualquer tempo que venha a perder por aqui. – Fala o homem portando com naturalidade o rifle com a baioneta ensanguentada.

O senhor  Tarragona apenas tenta alcançar a corda do alarme para chamar seus seguranças, mas antes de conseguir iniciar o movimento do braço, o rifle do homem no seu quarto já está apontado e engatilhado para ele, o intento do homem certo.

- Matei todos seus guardas no caminho até aqui, todos os doze, señor Tarragona. O engraçado que não precisei disparar uma vez sequer tão mal treinados eles eram. Agora se vai tocar este sino apenas para alarmar seus criados, prefiro que eles ouçam o som de sua cabeça estourando do que o som desta sirene. –

O filho mais novo do antigo Senhor de Tarragona desiste do intento e olha desafiante para o invasor.

- Como ia dizendo. Estou a caça de minha marca, um homem que sobreviveu a mim a tempos atrás. Para sua sorte, ele está em conluio com um grupo de pessoas que fizeram isso com seu rosto e sua reputação. –

Os olhos do senhor Tarragona brilham. E o invasor continua:

- A proposta que lhe mencionei é que eu e você nos unamos para caça-los e destruí-los. Você ganha sua vingança e minha ajuda, e eu ganho seus recursos e minha marca. Caso recuse irei lhe matar e todos os seus criados, pilhar o que houver de valor e seguir sozinho, o que me diz? –

Apesar da arrogância do invasor, ele parece estar falando a verdade, além do mais, Diego Alvarez Tarragona quer sim sua vingança, mostrando assim para seu ex-instrutor que ele ainda consegue fazer coisas belas. Ele sempre pode lidar com este invasor depois. Pensando nisso ele balança a cabeça aceitando os termos, mas aponta para o invasor querendo saber sua identidade, no qual ele fala.

- Eu? Sou apenas um caçador, mi señor. – Fala um invasor num espanhol com forte sotaque do norte Europeu – Mas minhas marcas me chamam de Morte Branca.

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